A prevalência de alergia alimentar tem aumentado mundialmente. A alergia a camarão é uma das mais frequentes. Existem vários alérgenos (proteínas capazes de induzir alergia) nas diferentes espécies de camarão. A tropomiosina é uma proteína identificada como um dos alérgenos principais. Essa proteína sensibiliza tanto por inalação como por ingestão.
A prevalência de alergia a camarão é estimada em 2,3% nos países europeus, e depende da idade, nível de consumo e região geográfica. É mais comum em adultos e no sexo masculino.
Sintomas
Os sintomas aparecem após a ingestão do alimento e são variáveis: coceira no corpo, vermelhidão, placas, inchaço nos lábios e pálpebras, dor abdominal, vômitos, diarreia, dificuldade para respirar e até queda da pressão arterial.
Trabalhadores da indústria alimentícia podem apresentar rinite e asma ocupacional (sensibilização pelo vapor do cozimento do camarão) e dermatite de contato (pelo contato direto devido à manipulação). Pacientes alérgicos a camarão podem apresentar reações após a ingestão de caranguejos, lagostas, lagostim.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através da história clínica (tipo e quantidade de alimento consumido, tempo de aparecimento e duração dos sintomas) e exames complementares. No diagnóstico diferencial devem ser excluídas reações por contaminação bacteriana dos alimentos, além de outras alergias alimentares.
Tratamento
O tratamento é realizado através das orientações aos pacientes para evitar ingestões acidentais (em restaurantes a quilo, festas e confraternizações), exclusão do camarão da dieta e acompanhamento médico especializado. A alergia a camarão geralmente é persistente.
Bibliografia: Múnera et al. Biomédica vol.33 no.2 Bogotá Apr./June 2013. El camarón como uma fuente de alérgenos.