A dermatite de contato é uma das doenças de pele mais comuns. Pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais frequente em adultos e adolescentes.
Caracteriza-se como uma doença da pele causada por contato com alguma substância externa, que leva a uma resposta alérgica (dermatite de contato alérgica – DCA) ou irritante (dermatite de contato irritativa – DCI).
A dermatite de contato (DC) pode evoluir de forma aguda, subaguda e crônica. O paciente pode apresentar vermelhidão, coceira, inchaço, vesículas, descamação, pele seca e espessada. Pode acometer as pálpebras, mãos, face, couro cabeludo, tronco, axilas e pernas.
As causas mais comuns da DCA são os cosméticos, níquel, cromo, cobalto, borracha, entre outros, enquanto da DCI são água, sabões, detergentes, sabonetes, graxas, etc.
Os produtos para a pele são responsáveis pela maioria dos casos de reações adversas aos cosméticos, seguidos pelos produtos de cabelos ou unhas. Os alérgenos mais frequentemente responsáveis pelas reações são as fragrâncias e os preservativos.
O melhor procedimento diagnóstico são os testes de contato. Podem ser realizados o teste de contato padrão com 30 substâncias, e o teste de contato com a bateria de cosméticos.
O tratamento é afastar o agente causal e tratar os sintomas. Se o contato persiste, a dermatite pode se tornar crônica e difícil de tratar. Por isso é importante procurar um alergista, a fim de identificar o agente causador e instituir o tratamento adequado.
Fontes: Contact Dermatitis: a Practice Parameter Update 2015. J. allergy Clin. Immunol. Pract. Vol.3, no.35. 2015
Park M. et al. Allergic contact dermatites to cosmetics. Dermatol. Clin. 32 (2014):1-11
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