Por que crianças pequenas apresentam infecções com maior frequência em comparação às crianças maiores e adultos?

Durante a gestação, a mãe transfere a imunoglobulina G (anticorpo) através da placenta para o feto. Após o nascimento, o bebê começa a produzir anticorpos em resposta aos alimentos e aos antígenos ambientais.

Quando o bebê nasce, o sistema imunológico ainda não está completamente formado, por isso, recém-nascidos apresentam maior incidência de infecções em relação às crianças maiores. Os recém-nascidos prematuros extremos apresentam mais infecções que os bebês nascidos a termo.

O sistema imunológico é muito complexo, sendo composto pela imunidade inata e imunidade adaptativa.

A imunidade inata não é específica. É a primeira resposta do corpo contra uma infecção, sendo constituída por barreiras físicas (pele, mucosas) e químicas (substâncias antimicrobianas), proteínas do sangue e células. Nos recém-nascidos, por exemplo, há uma diminuição do número de neutrófilos (células de defesa) e de sua função na resposta à infecção quando comparado com crianças maiores e adultos.

A imunidade adaptativa é uma resposta específica contra os micro-organismos invasores, com alta diversidade e memória imunológica. É mediada por anticorpos e por células. As principais células são os linfócitos B (responsáveis pela produção dos anticorpos) e linfócitos T (responsáveis pela imunidade celular).

Os recém-nascidos apresentam deficiência da imunidade celular, ficando suscetíveis às infecções graves.

O aleitamento materno é uma medida de prevenção anti-infecções neste período após o nascimento do bebê, pois é um mecanismo muito importante de proteção, contendo numerosos fatores anti-infecciosos, além de estimular o desenvolvimento do sistema imunológico da criança.

Bibliografia: Cristina M.A. Jacob; Antonio Carlos Pastorino. Alergia e Imunologia para o Pediatra. Segunda edição. Ed. Manole 2010.

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