O vírus SARS-CoV2 é um agente altamente contagioso e causa a “doença por coronavírus 2019” (COVID-19). A transmissão comunitária é evidente. O espectro da doença pode variar de pacientes assintomáticos a um quadro respiratório grave com complicações por comorbidades existentes (hipertensão arterial, asma, etc). Visto a rápida disseminação, a Organização Mundial de Saúde, declarou uma emergência de saúde pública de interesse internacional em janeiro e em março de 2020 uma pandemia.
Na atualidade, o manejo da rinite alérgica é uma preocupação mundial crescente, pois mais de 500 milhões de pessoas têm rinite alérgica e, na pandemia os serviços de alergia estão com atendimentos limitados. As dúvidas surgem, pois os sintomas do trato respiratório superior no início da infecção viral podem se confundir ou se sobrepor aos sintomas na rinite alérgica (coriza, congestão nasal, espirros, dor de garganta e tosse). Um sistema de triagem de casos de COVID-19 é importante nesse sentido.
O tratamento da rinite alérgica inclui a educação dos pacientes e de seus familiares, controle do ambiente, uso de medicamentos e quando necessário, a imunoterapia específica (vacina).
Pacientes com rinite alérgica infectados com COVID-19, podem continuar o uso de corticoesteróides intranasais na dose recomendada, conforme as orientações médicas.
Durante a pandemia, os pacientes em uso de imunoterapia específica subcutânea ou sublingual podem continuar o tratamento.
Em caso de dúvidas, procure atendimento médico e evite a auto-medicação!
Referências: 1) Shaker MS, Oppenheimer J, Grayson M, et al. COVID-19: Pandemic Contingency Planning for the Allergy and Immunology Clinic. J Allergy Clin Immunol Pract. 2020;8(5):1477‐1488.e5.
2) Zhang Y, Zhang L. Management Practice of Allergic Rhinitis in China During the COVID-19 Pandemic. Allergy Asthma Immunol Res. 2020 Jul;12(4):738-742.