Reações adversas a medicamentos

Podem ser classificadas como previsíveis (comuns e relacionadas às ações farmacológicas da droga) e imprevisíveis (incomuns e não relacionadas à atividade farmacológica da droga).

As reações de hipersensibilidade, segundo a World Allergy Organization (WAO), podem ser alérgicas ou não alérgicas conforme apresentem ou não mecanismo imunológico como desencadeante. A maioria das reações a medicamentos não são provocadas por mecanismos imunológicos.

As reações de hipersensibilidade a drogas afetam mais que 7% da população geral. Os medicamentos mais frequentes no nosso meio são os antibióticos e os antiinflamatórios não-esteroidais.

Diversos fatores aumentam o risco de reação: história familiar e individual de alergia a drogas, portadores de determinadas doenças (AIDS, linfoma, leucemia linfocítica aguda, infecção pelo citomegalovírus, mononucleose infecciosa, doenças hepáticas e renais), genética, entre outros.

Reações de hipersensibilidade a medicamentos podem ter várias apresentações clínicas. A pele é órgão mais frequentemente acometido, de forma isolada ou acompanhando outras manifestações (febre, hepatite, dor abdominal, náuseas, vômitos, falta de ar, edema de glote, queda da pressão, etc).

O aspecto mais importante na investigação é a história clínica e o exame do paciente. A avaliação laboratorial pode auxiliar no diagnóstico.

A primeira medida no tratamento é a retirada de todas as drogas suspeitas. O tratamento farmacológico deve ser orientado conforme os sintomas. Em casos graves é necessária a hospitalização.

Uma medida eficaz é a prevenção de novos episódios. O paciente deve dispor da medicação de emergência e saber aplicá-la na eventualidade de nova crise. O paciente deve saber os locais de atendimento de emergência na sua cidade e em outros locais que venha a frequentar. Adotar um cartão de identificação alertando sobre a sua condição e informando as drogas a que é sensível. Sempre que necessitar de assistência médica o paciente deve alertar o médico assistente sobre o seu passado alérgico. Evitar medicamentos sem prescrição médica e sempre preferir medicamentos via oral, deixando medicações injetáveis somente para uso hospitalar.

 

Fonte:

Alergia a medicamentos. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 28, Nº 3, 2005

Reações de hipersensibilidade a medicamentos. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. 2009

Reações adversas às drogas. O espectro dermatológico na pratica clínica. Ed. Manole. 2014

Gostou?

Vamos combater a alergia juntos.

Acompanhe minhas dicas