Exames simples como o hemograma completo podem sugerir alergia quando há aumento de eosinófilos (células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo).
A dosagem da Imunoglobulina E total pode ser feita em pacientes com história de rinite, asma e dermatite atópica. Pode estar elevada nos pacientes com doenças alérgicas mediadas pela IgE, mas valores baixos não excluem alergia.
Esses exames não são específicos, pois outras condições, como a parasitose intestinal que é comum no nosso meio, podem levar ao aumento dos eosinófilos e da IgE total.
Para realizar o diagnóstico de alergia, a presença da Imunoglobulina E específica para alérgenos (epitélio de animais, ácaros, fungos, alimentos, etc.) deve ser confirmada por meio de testes cutâneos de leitura imediata e/ou dosagem de IgE específica no sangue (RAST).
A dosagem da IgE específica no sangue pode ser realizada quando o paciente está em uso de anti-histamínicos (“antialérgicos”), se a pele apresentar lesões que impossibilitem a realização do teste cutâneo de leitura imediata, na presença de dermografismo (a pele está mais reativa) ou se não houver extrato disponível para o teste cutâneo.
É Importante lembrar que os exames devem ser sempre solicitados e correlacionados com a história clínica de cada paciente.
Bibliografia
Fabio Morato Castro. Diagnóstico Clínico e Laboratorial em Alergia. Ed. Manole. 2012.