Tratamento com vacina de alergia: como é feito?

Há mais de cem anos o tratamento com vacina (imunoterapia específica) é realizado de forma comprovadamente eficaz nas doenças alérgicas mediadas pela imunoglobulina E (IgE), como rinite alérgica, asma, conjuntivite alérgica e reações alérgicas ao veneno de picadas de insetos.

Tem como objetivo diminuir e controlar a reação às substâncias que causam os sintomas alérgicos. A vacina previne a progressão da rinite para asma, reduz novas sensibilizações, diminui a necessidade do uso de medicamentos e melhora a qualidade de vida do paciente.

A vacina é composta por extratos alergênicos (como ácaros, fungos e pólens) baseados na história do paciente e em exames complementares.

Pode ser aplicada por via subcutânea ou sublingual. A dose inicial deve ser selecionada com base na sensibilidade de cada paciente, por meio do teste cutâneo. Doses progressivamente crescentes deverão ser administradas em intervalos regulares, até que se atinja a dose de manutenção.

A duração do tratamento é de 3 a 5 anos.

Em pacientes com história de infarto do miocárdio recente, arritmias importantes, pressão arterial não controlada, idosos, pacientes com asma grave ou não controlada, mulheres no início da gravidez ou pacientes com desordens psicológicas severas, a vacina não deve ser indicada.

Reações adversas locais (vermelhidão e inchaço) ou sistêmicas (crise de asma, placas no corpo e reação anafilática) podem ocorrer.

É essencial para o sucesso do tratamento a adesão do paciente. A eficácia clínica persiste mesmo após a descontinuação do tratamento com a vacina.

O tratamento deve ser sempre indicado e acompanhado pelo médico alergista e imunologista assistente.

Fontes: International Consensus on Allergy Immunotherapy. Position Paper. 2015.
Imunoterapia alérgeno-específica, Governo do Distrito Federal/Secretaria de Estado de Saúde/2007.

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