A larva migrans cutânea, conhecida popularmente como bicho geográfico, é causada pela penetração acidental de larva de vermes de animais (cães e gatos) na pele humana. É muito comum em climas tropicais e quentes, e em turistas que frequentam praias contaminadas.
A lesão na pele é inicialmente uma “bolinha” (pápula) que evolui para uma linha tortuosa e avermelhada, associada a um desconforto e coceira intensa, podendo interferir nas atividades diárias. Podem ocorrer bolhas no trajeto da larva. Os pés são os locais mais acometidos, mas pode acometer os glúteos, as pernas, as mãos e outras partes do corpo. Pode ter como complicação infecção bacteriana.

A dra. Priscilla Filippo, dermatologista pediátrica, explica que a doença é autolimitada, com cura espontânea, pois as larvas morrem poucas semanas depois.
Não há necessidades de exames complementares e o diagnóstico é clínico.
O tratamento deve ser feito nos quadros localizados com medicação tópica e nos quadros extensos, com medicação sistêmica.
A dra. Priscilla Filippo, dermatologista pediátrica, orienta o uso de calçados e evitar o contato da pele direto em locais com suspeita de contaminação por fezes de animais.
Referências:
- Santos PFAM, Rodrigues FT, Hastenreiter L. Diagnosis of larval migration using imaging tests. Rev Soc Bras Med Trop. 2025 Jan 27;58:e00909-2024. doi: 10.1590/0037-8682-0326-2024. PMID: 39879498; PMCID: PMC11774524.
- Del Giudice P, Hakimi S, Vandenbos F, Magana C, Hubiche T. Autochthonous Cutaneous Larva Migrans in France and Europe. Acta Derm Venereol. 2019 Jul 1;99(9):805-808. doi: 10.2340/00015555-3217. PMID: 31073620.






