Mastocitose cutânea na infância

A mastocitose é uma doença rara, sem predileção entre os sexos, pode acometer qualquer idade e é dividida em cutânea e sistêmica. É caracterizada pela proliferação e acúmulo de mastócitos na pele e/ou órgãos internos.

A classificação das categorias da mastocitose e o diagnóstico são feitos segundo os critérios da World Health Organization (WHO) e são baseados na história clínica, no exame físico e exames complementares.

A mastocitose cutânea (MC) engloba: a urticária pigmentosa, a mastocitose cutânea difusa e o mastocitoma cutâneo.

A MC é mais frequente na infância, geralmente com uma boa evolução e regride espontaneamente na adolescência. A urticária pigmentosa é a apresentação mais comum e é caracterizada por manchas, placas ou nódulos na pele de coloração vermelho-acastanhadas localizadas principalmente no tronco.

A mastocitose cutânea difusa é rara e acomete toda a pele, causando coceira intensa e outros sintomas. Pode haver formação de bolhas por atrito. As lesões, geralmente, remitem até a adolescência.

O mastocitoma apresenta-se, usualmente, como nódulo oval único de coloração rósea, amarelada ou vermelho acastanhada, localizado nas extremidades, poupando palmas e plantas. Raramente, as lesões são múltiplas. Geralmente, ocorre remissão espontânea da lesão.

A dra, Priscilla Filippo, dermatologista pediátrica, explica que o tratamento tem como objetivo o controle dos sinais e sintomas causados pela liberação dos mediadores dos mastócitos. Alguns fatores desencadeantes devem ser evitados como: calor, fricção, trauma na pele, estresse, ansiedade, banhos quentes, mudanças bruscas de temperaturas, medicamentos que liberam histamina (como ibuprofeno, anestésicos locais, morfina e codeína).

Na mastocitose cutânea, a dra. Priscilla Filippo, dermatologista pediátrica, orienta que podem ser usados hidratantes, corticoides tópicos e até anti-histamínicos orais. O tratamento deve ser sempre individualizado e prescrito pelo médico assistente.

Referências:

  1. Fonseca CSBM, Vasconcellos EF, Fonseca JSBM, Barbosa RM, Oliveira VSC. Urticária pigmentosa; mastocitose cutânea na infância. Braz J Allergy Immunol. 2013;1(3):175-179.
  2. Walter Belda Junior, Nilton Di Chiacchio, Paulo Ricardo Criado. Tratado de Dermatologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2023.
Gostou?

Vamos combater a alergia juntos.

Acompanhe minhas dicas